A psicoterapia na adolescência
- Marina Bó Miranda

- 20 de out.
- 1 min de leitura
Atualizado: 31 de out.
É comum que nesta fase da vida surjam conflitos internos e relacionais e que algumas transformações aconteçam de maneira mais dolorida. Assim, o processo psicoterapêutico na adolescência propõe um espaço de escuta e conexão, conhecendo a história contada pela (e/o) adolescente. É um ambiente de legitimação de todas as emoções que brotarem e de acolhimento, o que nutre a existência do diálogo. Afinal, o cuidado só existe quando nos debruçamos sobre algo com interesse, paciência e respeito.

Adultos tendem a se relacionar com crianças e adolescentes enxergando-as como uma pessoa "em formação", preparando-se para ser "alguém", desconsiderando o que ela já é e como se sente. A psicoterapia é um trabalho contrário a isso, é um movimento conjunto e parto do entendimento de que a pessoa que atendo é o assunto que mais conhece e ninguém saberá mais sobre suas vivências e como se sente, e com adolescentes não é diferente. Então, me coloco para conhecer através de seus próprios olhos, enxergar a partir da sua perspectiva, caminhando no ritmo do seu passo. E a partir do vínculo, construímos caminhos possíveis para cuidar si.
Para que seja possível a realização do atendimento psicoterapêutico com adolescentes, inicialmente é necessária a autorização dos responsáveis. Porém, as normas relacionadas ao sigilo são respeitadas da mesma forma, o que é dito pela pessoa atendida não será aberto aos familiares, este espaço é dela (e/o).
Meu papel como psicóloga não é conduzir, mas acolher, caminhar junto, ser suporte para te ajudar a suportar. Cuidar de si é tarefa intransferível, mas não precisa ser solitário.


